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terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Infraestrutura de Telecomunicações - Projetando a rede física 3


Multiponto-para-multiponto


O terceiro tipo de leiaute de rede é o multiponto-para-multiponto, também
chamado de rede ad-hoc ou mesh. Em uma rede multiponto-para-multiponto, não
existe uma autoridade central. Todos os nós da rede encarregam-se do tráfego um
do outro, conforme o necessário, e cada nó comunica-se com o outro diretamente.
Um nó é qualquer dispositivo capaz de enviar e receber dados em uma rede. Access points,
roteadores, computadores e laptops são exemplos de nós.



 Uma rede mesh, multiponto-para-multiponto. Cada ponto pode atingir o outro
a uma velocidade altíssima, ou usar o VSAT central para a conexão com a Internet.
(faltou nesta parte identificar que os outros pontos se conectam entre si)
O benefício do leiaute desta rede é que, mesmo que nenhum dos nós esteja
ao alcance de um ponto de acesso central, ainda assim eles podem comunicarse
um com o outro. Boas implementações de redes mesh são "auto-curáveis", o
que significa que elas detectam automaticamente problemas de roteamento e os
consertam quando necessário. A extensão de uma rede mesh é simplesmente feita
com a adição de mais nós. Caso um dos nós na "nuvem" seja um gateway para a
Internet, esta conexão pode ser compartilhada por todos os clientes da rede.
Duas grandes desvantagens desta topologia são a complexidade
aumentada e o desempenho diminuído. A segurança neste tipo de rede também
é uma preocupação, uma vez que todos os participantes carregam o tráfego, um
do outro. Redes multiponto-para-multiponto tendem a ser difíceis de diagnosticar
devido ao grande número de variáveis, como os nós que entram e deixam a
rede. Nuvens multiponto-para-multiponto têm, tipicamente, uma capacidade
reduzida se comparadas com redes ponto-a-ponto ou ponto-para-multiponto, em
função da sobrecarga adicional da gestão do roteamento de rede e contenção
no espectro de rádio.
De qualquer forma, as redes mesh são úteis em muitas circunstâncias. Mais
adiante, nesse capítulo, veremos um exemplo de construção de uma rede
mesh multiponto-para-multiponto utilizando um protocolo de roteamento
chamado OLSR.
Use a tecnologia adequada
Todos estes esquemas de rede podem ser usados de forma complementar
em uma grande rede e, obviamente, pode-se usar também técnicas tradicionais
de redes cabeadas sempre que possível. É prática comum, por exemplo, usar
um link wireless de longa distância para prover acesso à Internet para uma
localidade remota e, a partir daí, distribuir pontos de acesso sem fio locais para
distribuir a conexão. Um dos clientes deste ponto de acesso pode também atuar
como um nó mesh, permitindo que a rede espalhe-se organicamente entre
usuários de laptops. Todos, em última instância, estão usando o link ponto-aponto
original para o acesso à Internet.
Agora que temos uma clara idéia de como as redes wireless estão
tipicamente organizadas, podemos começar a entender como a comunicação é
possível nestas redes.

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