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terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Infraestrutura de Telecomunicações - HUB OU SWITCH - parte 2


Hubs


Os hubs Ethernet conectam múltiplos dispositivos Ethernet de par trançado
entre si. Eles trabalham na camada física (a camada mais baixa, primeira). Eles
repetem os sinais recebidos em cada porta2 para todas as demais. Assim, os
hubs podem ser considerados como simples repetidores. Em função deste
projeto, apenas uma porta pode transmitir por vez. Caso dois dispositivos
transmitam ao mesmo tempo, eles corrompem a transmissão um do outro,
devendo ambos cancelar sua transmissão e retransmitir, posteriormente, os
pacotes. Isto é conhecido como uma colisão (collision), e cada servidor fica
responsável por detectar as colisões durante uma transmissão e pela
retransmissão de seus próprios pacotes, quando necessário.
Quando um excesso de colisões é detectado em uma porta, alguns hubs
podem desconectar (partition) tal porta por algum tempo, limitando o impacto do
problema no resto da rede. Quando uma porta é desconectada, os dispositivos
ligados a ela não mais podem comunicar-se com o restante da rede. Redes
baseadas em hubs são, geralmente, mais robustas que as que utilizam
conexões Ethernet coaxiais (também conhecidas como 10base2 ou ThinNet),
onde dispositivos com problemas podem indisponibilizar todo um segmento de
rede. Mas os hubs têm limitações em sua utilidade, uma vez que podem tornarse,
facilmente, pontos de congestionamento em redes de alto tráfego.

Switches

Um switch é um dispositivo que opera de forma parecida a um hub, mas
que fornece uma conexão dedicada (chaveada, switched) entre as suas portas.
Ao invés de repetir todo o tráfego em todas as portas, o switch determina quais
portas estão se comunicando diretamente e, temporariamente, as conecta. Em
geral, os switches oferecem um desempenho muito melhor que os hubs,
especialmente em redes de alto tráfego, com muitos computadores. Eles não
são muito mais caros que os hubs e os estão substituindo em muitas situações.
Os switches trabalham na camada de comunicação de dados (a segunda
camada), uma vez que eles interpretam e atuam no endereço MAC dos pacotes
que recebem. Quando um pacote chega à porta de um switch, o mesmo anota a
fonte do endereço MAC, que fica associado àquela porta. A informação é
armazenada em uma MAC table (tabela de endereços MAC), internamente.
Para cada pacote que recebe, o switch verifica qual o endereço MAC destino em
sua MAC table e transmite o pacote para a porta correspondente. Caso o
endereço MAC não seja encontrado na MAC table, o pacote é transmitido para
todas as interfaces. Caso o endereço de destino corresponda à mesma porta pela
qual ele foi enviado, o pacote é filtrado e não é encaminhado para essa porta.


Hubs versus Switches




Hubs são considerados dispositivos pouco sofisticados, uma vez que eles
retransmitem, de forma ineficiente, todo o tráfego em todas as portas. Esta
simplicidade leva tanto a um desempenho fraco quanto a um problema de
segurança. O desempenho é fraco porque a largura de banda deve ser dividida
entre todas as suas portas. Uma vez que o tráfego é visto por todas as portas,
qualquer servidor na rede pode monitorá-lo integralmente.
Os switches criam conexões virtuais entre as portas que estão transmitindo
e recebendo. Isto leva a um melhor desempenho porque muitas conexões
virtuais podem ser estabelecidas simultaneamente. Switches mais sofisticados
(e caros) podem direcionar melhor o tráfego através da inspeção dos pacotes
em níveis mais altos (como as camadas de transporte e aplicação), permitindo a
criação de VLANs e implementando outras funcionalidades avançadas.





 Um hub simplesmente repete todo o tráfego para todas
as portas, enquanto um switch estabelece uma conexão temporária
dedicada entre as portas que necessitam comunicar-se.


Um hub pode ser usado onde a repetição do tráfego em todas as portas for
desejável. Por exemplo, quando, explicitamente, você permite que uma máquina
de monitoramento inspecione o tráfego de toda a rede. Muitos switches
fornecem uma porta de monitoração (monitor port) que permite a repetição do
tráfego nela, especificamente para esta função.
Os hubs são mais baratos que os switches. Entretanto, o preço dos switches
caiu dramaticamente com o passar do tempo. Desta forma, os hubs de redes
antigas devem ser substituídos, sempre que possível, por novos switches.
Tanto hubs como switches podem oferecer serviços gerenciados
(managed). Alguns destes serviços incluem a habilidade de configurar a
velocidade do link (10baseT, 100baseT, 1000baseT, full ou half duplex) por porta,
habilitar gatilhos (triggers) para inspecionar eventos de rede (como mudanças de
endereço MAC ou pacotes com má formação) e, usualmente, incluem
bilhetagem de portas (port counters) para facilitar as estatísticas de utilização de
banda. Um switch gerenciado que forneça informações sobre a quantidade de
dados que entram ou saem de cada porta física pode simplificar bastante a
gestão da rede. Estes serviços são, tipicamente, disponibilizados via SNMP, ou
podem ser acessados via telnet, ssh, inteface web ou alguma ferramenta
customizada de configuração.

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